Inclusão Digital
Julho 7, 2008
Inclusão digital é a democratização do acesso às tecnologias da informação, para permitir ao máximo de pessoas a inserção na sociedade da informação. Inclusão digital, também chamada de infoinclusão, é simplificar a rotina dos computadores, maximizando o tempo e suas potencialidades.
Um verdadeiro incluído digital não é aquele que usa o computador para passar e ler e-mails, jogar ou entrar em salas de bate-papo, mas que aprende e usa esse suporte para ter melhores condições de vida.
Entre as estratégias de inclusão estão projetos e ações que facilitam o acesso de pessoas de baixa renda ás TIC, Tecnologias da Informação e Comunicação. E o desenvolvimento de tecnologias que ampliem a acessibilidade ao computador de usuários com deficiência.
O objetivo principal da inclusão digital é dar à sociedade acesso às informações, principalmente as disponíveis na Internet, com o objetivo de produzir e disseminar conhecimentos. Hoje, talvez seja um dos maiores movimentos de inclusão social, em todo o mundo.
O Brasil está desenvolvendo várias ações para aumentar a inclusão social. A maior, desde novembro de 2005, é o projeto Computador para Todos, do Projeto Cidadão Conectado que já financiou 20 mil computadores pessoais,
2% da meta que é vender um milhão a consumidores de baixa renda (entre três e sete salários mínimos) em 2008.
Esse PC popular tem o Linux como sistema operacional e um conjunto de 26 softwares livres como aplicativos, inclusive editor de texto, aplicações gráficas e antivírus. Além disso tem suporte técnico durante um ano, com atualizações gratuitas de tempos em tempos.
O financiamento pode ser feito pelo Banco do Brasil e na Caixa Econômica Federal, ou nas redes varejistas cadastradas no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
São Paulo tem os dois maiores programas de inclusão digital: a Prefeitura mantém o Telecentros com mais de 160 unidades (20 computadores e uma impressora em cada uma), em todas as regiões da cidade, oferecendo cursos básicos e avançados de Informática, além de cursos e oficinas e livre acesso à Internet. O outro programa importante é o Programa Acessa São Paulo, com mais de 400 postos no Estado, um projeto premiado internacionalmente.
A inclusão digital tem três pilares: tecnologia, renda e educação.
Segundo a Fundação Getúlio Vargas, só 12% têm computador em casa e o Mapa de Exclusão Digital informa que só 8% estão conectados coma Internet.
Ai8nda segundo a FGV-RJ, no âmbito empresarial as empresas digitalizadas têm melhores resultados.
É a exclusão sócio-econômica que desencadeia a exclusão digital e essa acaba por agravar a exclusão social. E um parceiro importante para a inclusão é a educação, especialmente a educação continuada, porque é preciso levar em conta que os excluídos são, principalmente, indivíduos com baixa escolaridade, baixa renda, com limitações físicas e idosos.
Dar acesso a terminais de computadores e ao correio eletrônico para a população, oferecer tarifas reduzidas para o uso dos sistemas de telecomunicações, criar mecanismos de isenção fiscal sem muita burocracia para o recebimento de doações de computadores e equipamentos de infra-estrutura, não será suficiente para promover a inclusão digital em grandes números. É preciso:
Desenvolver redes públicas que possibilitem a oferta de meios de produção e difusão de conhecimento.
Envolver universidades e escolas, professores e especialistas, num processo de construção de conhecimento.
Disponibilizar a conhecimento de museus e outros produtores de cultura,
Inclusive no campo da música, do teatro, do cinema, da cultura de modo geral.
Também será necessário, a curto prazo, integrar os currículos escolares e redesenhar o projeto pedagógico e a grade do ensino fundamental e médio. E considerar a computação na formação de profissionais de diversos cursos, a começar pelo de Pedagogia.
Para colaborar com a democratização do conhecimento, o Universia (www.universiabrassil.net) abriu uma sala de inclusão na Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio.
A Sala Universia é um espaço dedicado à inclusão digital e tem o objetivo de disseminar o uso da Internet entre alunos, professores, funcionários e a comunidade, difundindo o conhecimento através do uso da tecnologia.
O espaço conta com recursos tecnológicos de ´última geração em computadores, impressora, scanner e servidor. E é parte de um projeto global da Rede Universia, atualmente agindo em 12 países. Em parceria com universidades, a rede oferece mais de 100 Salas e anuncia que vai continuar abrindo outras no Brasil.
A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados promoveu o I Fórum Latino-Americano de Inclusão Digital (FID), reunindo especialistas do Brasil e da América Latina para “discutir as melhores práticas na oferta de bens e serviços de informática e de comunicações à população”. Eles examinaram os efeitos das várias iniciativas sobre o desenvolvimento econômico e as estratégias para conjugar esforços com políticas públicas de inclusão social.
Os programas do governo brasileiro devem levar a conexão em banda larga a mais de 50 mil escolas públicas urbanas nos próximos três anos e 130 mil professores serão treinados em informática nesse período.
A Câmara quer ampliar o intercâmbio com legislativos de toda a América, para oferecer apoio às plataformas regionais de promoção das Tecnologias de Informação e da Comunicação como instrumento de crescimento econômico e inclusão social.
Por Luiz Lobo
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
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